«Acendo a luz num quarto escuro; é um facto que o quarto iluminado já não é o quarto escuro, que perdi para sempre. E no entanto: não será ainda o mesmo quarto? Não será o quarto escuro o único conteúdo do quarto iluminado? Aquilo que não posso ter, aquilo que, ao mesmo tempo, recua até ao infinito e me empurra para diante, não é mais que uma representação da linguagem, o escuro que pressupõe a luz; mas se renuncio a captar esse pressuposto, se volto a atenção para a própria luz, se a recebo ⎯ então aquilo que a luz me dá é o mesmo quarto, o escuro não hipotético. O único conteúdo da revelação é aquilo que é fechado em si, o que é velado ⎯ a luz é apenas a chegada do escuro a si próprio.»
«Acendo a luz num quarto escuro; é um facto que o quarto iluminado já não é o quarto escuro, que perdi para sempre. E no entanto: não será ainda o mesmo quarto? Não será o quarto escuro o único conteúdo do quarto iluminado? Aquilo que não posso ter, aquilo que, ao mesmo tempo, recua até ao infinito e me empurra para diante, não é mais que uma representação da linguagem, o escuro que pressupõe a luz; mas se renuncio a captar esse pressuposto, se volto a atenção para a própria luz, se a recebo ⎯ então aquilo que a luz me dá é o mesmo quarto, o escuro não hipotético. O único conteúdo da revelação é aquilo que é fechado em si, o que é velado ⎯ a luz é apenas a chegada do escuro a si próprio.»
lux aetherna
this photo was left out of the series Lux Aetherna (2012) - visit www.marianacastro.tk to view it |
A prisão do tempo é aquela onde a luz se esquiva, onde está de passagem. E talvez seja só uma certeza poética (e também a de que ele não exista — não existe no relógio que apanhámos hoje no caminho para casa), que não compreende verdadeiramente o sistema de grandezas.
Words: Equivalent
Ansel Adams Master Photographers
, BBC series (1983)
Q: You're very concerned with mood, obviously...
Ansel Adams: Well, that's part of the visualization, the aesthetics. Aesthetic in emotional statement. I think it might be helpful to you to quote that Stieglitz statement, when someone asked him:
"Stieglitz, we don't understand this talk about creative photography and creativity, with a mechanical medium. How do you make a creative photograph?" ― And he replied that he was interested to "go out in the world with his camera, he'd become across something that excited him emotionally, spiritually and aesthetically" ― forget all those words, they don't mean much, they're just symbols of something much deeper - "and I see the picture in my mind's eye. I make the photograph and I give you the print as the equivalent of what I saw and felt." ― And that word equivalent is really profound because it is the equivalent of two things: what he saw and what he felt about it.
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